Alunos do Colégio Estadual Felipe Tiago Gomes cobram resposta do governador.

Humberto Junior, ex-aluno do CFTG – Maruim/SE

Isabelly Carollayne, Aluna do 2º Ano do CFTG- Maruim/SE

Noan Santana (Kendra), Aluna do 3º Ano do CFTG- Maruim/SE

A educação no Brasil, país que se orgulha de sediar dentro de pouco mais de um mês uma Copa do Mundo, ainda é tratada com descaso e como setor secundário pelos governantes. Nos estados desse país podemos notar sem muito esforço essa situação. Tendo como exemplo Colégio Estadual Felipe Tiago Gomes, que hoje faz parte de uma estatística que conta com milhares de outras instituições por todo o país. Falta estrutura, funcionários e investimento para esse fim. Essa unidade de ensino está jogada ao caos, no que é mais um ataque à educação do povo maruinense, sergipano e brasileiro. Povo que vê os políticos gastarem 30 bilhões de reais para que estrangeiros nos visitem por 45 dias, enquanto a educação, assim como a saúde, a moradia e o transporte estão em crise. Sendo ainda mais impactante saber que há 3 anos o colégio era referência no município de Maruim e em toda região.


Enquanto o governo do PT e todos seus aliados nos tiram um direito básico que é estudar, ainda temos que nos deparar com a naturalidade e indiferença por parte da UNE/UBES que mesmo tendo uma gestão nomeada por "Ação e Atitude" no grêmio dessa mesma escola, assistiu quieta e calada o que ali acontecia. Mais uma prova de que as velhas entidades deixaram as lutas no passado e que não mais representam os estudantes. Por isso, no dia 16 de Maio de 2014, quando o Governador do estado de Sergipe, Jackson Barreto, compareceu a cidade para participar de solenidades junto ao prefeito, os estudantes não pensaram duas vezes. Protestaram com seus cartazes e apitos anunciando as necessidades da escola, debaixo de sol e de chuva gritando e exigindo o que é deles por direito. Reivindicando: Educação de qualidade, professores, instalações elétricas nas salas e nos corredores, água, copos, banheiros em boas condições de uso, telhado decente na biblioteca e nas salas de aula, que não permita que alague quando chova, além de materiais para o funcionamento dos laboratórios. As solenidades deram espaço para que além dos estudantes do Felipe Tiago, a comunidade da “rua do osso” também roubasse a cena e questionasse a demora na construção das casas prometidas pelo governo, e que ainda não passam de uma planilha e uma rubrica de orçamento.




Da oportunidade, passando por cima dos “pedidos gentis” e muito polidos dos representantes do grêmio, a base dos estudantes conseguiu que o governador reunisse com os mesmos na escola, de forma que ele mesmo pudesse constatar a realidade do colégio. Na visita ao colégio, Jackson Barreto foi questionado a respeito de toda a falta de estrutura, colocamos prazo para que a DRE (Diretoria Regional de Educação) se reunisse com os estudantes (grêmio e independentes) e realizasse um dossiê a respeito da situação do colégio, que ameaça fechar as portas por falta de condições de ensino e aprendizagem. Como fruto da pressão exercida pelos estudantes, foi conseguido uma reunião para a próxima quarta-feira, dia 21 de maio, com a Secretaria de Educação do estado de Sergipe nas dependências do colégio. Esta é mais uma demonstração de que o verdadeiro palco da juventude são as ruas.



Diante da visibilidade que ganharam as pautas do colégio, os estudantes em Maruim começaram a perceber sua verdadeira força. A ANEL esteve apoiando a luta, além de realizar uma reunião com a turma para entender como a realidade do Felipe Tiago faz parte de um projeto de educação enfrentado todos os dias por estudantes dos cantos mais afastados do país. Por isso se faz necessário construir uma luta nacional em defesa da educação, pública, gratuita e de qualidade.

Os estudantes perceberam que quando nos mobilizamos e ousamos dizer que “é aqui e agora”, as coisas acontecem e a situação sempre muda a nosso favor. Reiteraram a necessidade de dizer que nós NÃO VAMOS ACEITAR os ataques à educação, que exigimos uma educação de qualidade pautada por investimento direto e valorização dos profissionais do ensino. Por isso é hora de construir uma alternativa de luta e de resistência.

Jackson, escuta! FTG está em luta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário